O local está atualmente ocupado por um aterro de resíduos, quase ao limite de sua capacidade, o que levou a que a entidade gestora local a regulamentar o fechamento da instalação e considerar novos futuros usos para a área.
A escolha da localização do CTRV também levou em conta diferentes critérios de adequação logística e econômica, tais como: Tratar de minimizar os impactos ambientais decorrentes da instalação e a operatividade das atividades de gestão dos resíduos.
A atividade do aterro causou alterações topográficas e modificações no ambiente natural local. Por esta razão, optou-se por manter as instalações nas áreas onde a atividade do aterro sanitário já havia danificado o entorno.
Apesar do tamanho das instalações da planta, o projeto consegue ser horizontal o suficiente para integrar-se com a paisagem. Para atingir este objetivo, a proposta buscou adaptar-se a topografia, onde o impacto da cobertura e das fachadas foi minimizado pela restauração da paisagem.
A edificação utiliza água e energia gerada pela própria usina. A água é obtida através da recoletamento de águas pluviais e a energia é obtida a partir do biogás gerado pelos resíduos encontrados nos aterros vizinhos de Coll Cardús.
O projeto inclui a construção de duas grandes áreas de tratamento sob uma mesma estrutura de grande porte. Estas áreas, separadas por uma entrada de automóveis, compreendem diferentes alturas e se projetam em diferentes níveis. Essa é a razão pela qual a geometria da cobertura muda de acordo com o programa e as dimensões de cada telhado cumprindo com as diversas necessidades: saídas de ar forçadas, clarabóias, etc. e que junto com o uso de uma estrutura gráfica transformou-se em um telhado horizontal.
Os diferentes círculos dispostos na cobertura contém terra, cascalho, vegetações diversas e arbustos nativos. Com o tempo, espera-se equilibrar o impacto da instalação sem o uso de camuflagem ou mimetismo.